19 de abril de 2013

alquimistas dos sentidos


Tomilho (Thymus vulgaris)


Esteva (Cistus ladanifer)


Coar os óleos.


Maceração a quente de tomilho em azeite.

Óleos macerados artesanalmente.
Fazer sabão é uma viagem alquímica dos sentidos - do tacto, pela textura que se cria e a sensação que pode proporcionar na pele; e do cheiro, pelas infinitas combinações de essências. Quando estes dois sentidos são estimulados com ingredientes acabados de colher a viagem torna-se particularmente singular. E o aroma do óleo de esteva leva-me à infância, quando rumávamos a sul para as grandes férias de Verão.

Aproveitando ainda as noites frias, enquanto a salamandra emana o seu calor nela se maceram as ervas aromáticas para utilizar em futuros lotes de sabonetes.

- Paula

Homesteading / Survivalism

Não podia deixa de partilhar ...
https://www.facebook.com/homesteading
... um mundo de informação.

Bom fim de semana!!!

- Paula

15 de abril de 2013

rooibos


Sabonete feito com uma infusão de Rooibos (chá vermelho) e um discreto aroma de rosas. A união das rosas com o exótico do chá ficou sublime. Ver mais...

- Paula

14 de abril de 2013

temos muito a aprender



Temos muito a aprender com os animais. Aqui, Milú e Camané a comer uma erva - pormenor na segunda foto. Enquanto andava na horta observei-os ... comiam os 'bagos' terminais desta planta. Mais uma erva que eventualmente poderemos comer; normalmente, a maioria das ervas que os animais comem nós também podemos comer, e as ervas selvagens são muito mais nutritivas. Não sei o que é mas vou procurar descobrir.

Alguém aí conhece?

- Paula

13 de abril de 2013

da selva à horta




Hoje foi nas ervilhas que andei, num trabalho de croché. A ervilha é uma planta frágil e da forma como estava enredada em erva foi um 'milagre' os poucos pés que arranquei sem querer. Este ano, ao contrário de outros, vamos ter muitas daquelas bolinhas verdes deliciosas :). E como disse no post anterior a selva tem mesmo dos seus primores: o ninho da Milú. E se ela não tivesse cantado ficaríamos com uma omelete crua, pois em breve irei passar a roçadora.

...

Com a subida da temperatura chegam os meus piores inimigos: os mosquitos. Já lá vão três noites de insónia e coceira. Mas hoje preveni-me, vou dormir como um anjo :)

...

A ouvir Viagem na palma da mão, de Jorge Palma.
(...)
Tradições
Atrás de contradições
Fizeram-te abrir os olhos
Podes dizer 
Eu sou
(...)

...

Na cozinha cheira a sabonete fresco de chá vermelho e rosas.

- Paula

12 de abril de 2013

toda a selva tem o seu primor




Agora que o sol vem aí por uns dias, ao que parece, é tempo de ir para a horta. Apanhar as favas e as ervilhas. Hoje andei a colher flores de gerânio (Pelargonium graveolens) e de malva silvestre (Malva Sylvestris), no meio duma selva com mais de um metro de altura. É curioso, e bom de olhar, que a selva tem os sues primores. E reparamos nisso quando não cortamos erva: malvas, páscoas - entre tantas outras flores - e insectos que nunca tinha visto. No domingo planeio andar com a roçadora, mas nem apetece :)

- Paula

11 de abril de 2013

petição


imagem avaaz.org

Leiam e assinem!

As sementes são de todos, ninguém tem o direito de patentear algo que pertence à natureza (e os transgénicos nem deveriam existir!)

- Paula

10 de abril de 2013

e foi assim ...



imagem via OneThought *

O início, em Novembro de 2006. Uma horta pequenina e uma outra estrada a percorrer.
Como se a viagem coubesse na palma da mão.
E a Estrela mais brilhante apagou-se faz hoje três meses.

- Paula

* mas depois não vás ouvir o voicemail.

9 de abril de 2013

uma gaivota e um gato


História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar de Luís Sepúlveda

(...)
- Sim, à beira do vazio compreendeu o mais importante - miou Zorbas
- Ah sim? E o que é que ela compreendeu? - perguntou o humano
- Que só voa quem se atreve a fazê-lo -miou Zorbas (...)

Um conto lindo. Uma gaivota medrosa, um gato com carácter e um humano Humano. E nós, tal como ela, gaivota, muitas vezes percebemos que afinal conseguimos 'voar' só quando nos encontramos à beira do abismo.

carácter (át ou áct)
(latim character, -eris, sinal, marca)
s. m.

1. O que faz com que os entes ou objectos se distingam entre os outros da sua espécie.
2. Marca, cunho, impressão.
3. Propriedade.
4. Qualidade distintiva.
5. Índole, génio.
6. Firmeza.
7. Dignidade.

Para além de nos esquecermos do significado das palavras perdemos o rasto ao verdadeiro acto que as cria - na história, o comportamento de um gato com dignidade, que se distingue dos outros gatos e de outros animais como um macaco e ratazanas.

- Paula


PS- A horta está uma selva.

5 de abril de 2013

uma descoberta surpreendente


Como vos disse, no outro dia, a Milú mudou de ninho porque lhe tirei os ovos todos. Com o novo ninho deixou de cantar, uma espécie de pré-aviso de que há ovo novo. No segundo dia após mudança fui espreitar e ... não havia ovo. Mas isso é normal, durante a postura há dias de paragem, em que as galinhas não põem ovo. Mas ontem, ouvi-a cantar! Oh lá lá! Parece que há ovo ... Fui ver e não vi ovo nenhum. Estranhei...

Uma horas depois voltei para ver melhor e qual não é o meu espanto, num cantinho, escondido, lá estava um ovo, minúsculo. Pouco maior que uma baga Goji! Mais tarde falei com Z., a pessoa que me deu a Milú, e que me explicou ser um ovo de clara, sem gema, como também às vezes vêm ovos de duas gemas e que é normal. De vez em quando acontece. Caprichos da Natureza :)

Na foto: um ovo da pata (maiores do que os de galinha), um ovo da Milú (galinha chinesa, que têm ovos mais pequenos), o ovinho de gema e uma baga goji para se perceberem as dimensões.

A horta é, definitivamente, uma descoberta diária surpreendente.

Tenham um bom fim de semana!

- Paula

2 de abril de 2013

grão da terra



É com eles que irei estar na Feira da Primavera, em Sines; Grão da Terra, sabonetes feitos artesanalmente, com muitas das ervas que crescem no Trumbuctu.

Aqui irei publicando as histórias desta minha outra viagem, dos processos, de saberes antigos, dos perfumes que vou descobrindo. Sinto-me feliz por saber que as 'águas espumosas' que correm por cá não ferem a terra, não feriram nenhum animal antes de serem criadas e não me ferem a mim.

Acompanhem-me nesta nova estrada!

- Paula

1 de abril de 2013

♥ ♥ ♥



Preparativos para a feira da Primavera, no próximo Sábado, é o que me tem mantido afastada do Trumbuctu. Isso e a chuva, que não dá tréguas e nos impede de andar lá fora a trabalhar. Estes pequenos sabonetes foram moldados a partir dos outros que fiz de calêndula e alfazema.
...

Da horta também há novidades, menos boas infelizmente. Os dois patinhos desapareceram, evaporaram-se, com um intervalo de uma semana. Julgamos ter sido gato que lhes pôs fim. Um gato enorme ...
...

A Milú anda a pôr e descobri-lhe o ninho porque todos os dias cantava aqui à porta. Foi mesmo junto a casa, numa antiga casinha do gás que os colocava. Mas eu, com a minha inexperiência, tirei-lhe os ovos todos. Logo depois lembrei-me que pelos menos um tinha de ficar e ... tarde demais! Ela percebeu, começou a por noutro lugar e deixou de cantar para avisar que havia ovo. Hoje J. descobriu o novo ninho e ficaram lá  dois ovos. Desconfiados, Milú e Camané correram ao local percebendo que rondávamos o ninho. Amanhã verei se lá está mais um ovo. E agora é que me lembrei, tenho de ir marcar os dois que lá estão para saber qual o ovo do dia :)

Mais novidades em breve!

- Paula