30 de novembro de 2010

28 de novembro de 2010

Cauda-de-Andorinha


Papilio machaon
Lagarta de borboleta Cauda-de-Andorinha sobre uma arruda. Já tinha visto, noutros anos, estas lagartas por aqui mas não sabia a que espécie de borboleta pertenciam. O nome é lindo - Cauda-de-Andorinha - a lagarta e a borboleta também. É nesta altura do ano que se pode observar a lagarta, nas suas plantas preferidas - arruda e funcho, e o adulto entre Dezembro e Fevereiro.

27 de novembro de 2010

planetário


Este é o céu que temos sobre nós esta noite. A via láctea imensa correndo como um rio, entre as estrelas e o meu olhar perdido em tanta imensidão. Fui lá fora esperar uma estrela cadente para lhe pedir um desejo e um instante depois ela passou. Pena é a minha máquina não fazer jus ao céu vemos daqui.

E amanhã trago notícias deste evento.

23 de novembro de 2010

toca de rato cego


Presumo que esta seja uma toca de rato-cego-mediterrânico com longos caminhos subterrâneos. Encontrada numa das camas que estamos a fazer, onde se encontram restos de folhas de couve e outros materiais da horta para compostar. Vi esta forma de preparar as camas hortícolas na Quinta do Carvalho Longo; pareceu-me uma ideia muito interessante: poupa no trabalho de levar resíduos orgânicos para o compostor e fica uma cama pronta na Primavera. Este ano temos a visita destes habitantes que, assim como assim, já andam a comer as acelgas e as couves chinesas. Com ou sem cama, a toca também a fariam noutro lado qualquer.

16 de novembro de 2010

rato-cego-mediterrânico


Microtus duodecimcostatus ou rato-cego-mediterrânico. Ainda não tínhamos observado nenhum, somente alguns buracos na horta que ao escavarmos pareciam levar a galerias subterrâneas. Ao vermos de perto não nos pareceu um rato comum e depois de alguma pesquisa somos levados a pensar tratar-se de um rato cego. Os buracos que vemos na horta são característicos desta espécie. Escavam galerias complexas onde se abrigam.Acho que os ratos comuns não fazem isso. São herbívoros e a horta é um restaurante de luxo para eles, ou melhor um rodízio. É uma espécie importante na cadeia alimentar e está na base da alimentação da Coruja das Torres - Tyto alba - e vive uma mesmo aqui ao lado.

Teremos que repensar várias coisas aqui pela horta: a cama elevada que estou a preparar não pode conter restos da horta como, por exemplo, folhas de couve. Foi um erro (?)* pois atrai toda a espécie de roedores; estamos a procurar a melhor solução para controlar os ratos sem recurso a isco. As corujas ao alimentarem-se de ratos envenenados também morrem; proceder à limpeza do terreno retirando vegetação velha e eventuais abrigos para roedores, manter a zona dos compostores limpa; e o mais importante será redimensionar o projecto para o espaço que temos, como por exemplo, talvez já tenhamos compostores a mais.

Alguma informação aqui. Embora em catalão consegue entender-se razoavelmente.

Nota: Quem nos trouxe o rato foi a Estrela. Estava vivo mas em choque. Soltámo-lo e pouco tempo depois já tinha desaparecido.

* Não sei se foi um erro pois não fossem os restos de folhas e nenhuma couve chinesa restaria agora. Já lá vi marcas de dentes e devem ser destes ratos.

15 de novembro de 2010

lagartas da couve


A natureza, nas formas,  cores e texturas que cria, não cessa de me surpreender.
Esta é uma lagarta da couve mas encontrei-a nas ervilhas e bem camuflada. Julgo tratar-se de uma Pieris rapae; a borboleta é branca com manchas negras na asa anterior.

14 de novembro de 2010

púcaras e outras espécies de cogumelos


Hoje visitámos o senhor António, que conheci num trabalho feito há uns dias atrás. Em conversa, na altura, a propósito da estufa que ele estava a montar ofereceu-me algumas armações para eu fazer uma. Fomos ver novamente as armações e como havemos de as transportar. No caminho, levou-nos aos poucos cogumelos que ainda nascem por ali. A estes chamam-lhes púcaras (Macrolepiota procera (Scop.) Sing, se não estou enganada) e são comestíveis. Foram identificados por ele e pela minha mãe. O mais pequeno é uma púcara ainda jovem o outro, com o chapéu mais aberto, também mas numa fase de maturação mais avançada. Muitos outros há por lá ...

10 de novembro de 2010

reter água na paisagem do Alentejo


Imagem

Esta oficina convida à prática dos 4 "s" da água:
slow - abrandar; spread - espalhar; sink - infiltrar; shade - sombrear

Identificação dos locais para reter água e construção de "swales" (valas em curva de nível) para infiltração de água com recurso a ferramentas manuais.

Roncão - Santiago do Cacém

27 e 28 Novembro 2010

Organizado por: Joao Gonçalves e Ben Vanooij
Mais informações em Transição e Permacultura Portugal

5 de novembro de 2010

santa cruz


Outro lugar lindo que conheci melhor. Foi aqui que encontrei a nêveda dos gatos (Nepeta sp.) mas que se mostrou muito difícil de fotografar, nestes dias lindos de sol que tem havido. Aqui a diversidade de plantas é surpreendente: nêveda; púcaras (Macrolepiota procera), uma das espécies de cogumelos do montado; os murtinhos (Myrtus communis L.), uma espécie de mirtilo selvagem; e tanta outra flora que ainda não consigo identificar. Um lugar tão especial quanto as pessoas que aqui conheci e de quem em breve falarei, como a D. Felicidade.

3 de novembro de 2010

☯ ☯ ☯

Estratégia
(Um poema de Nuno Júdice, in A Fonte da Vida)

Em que limites começa o meu limite?
Entre que marcos de fronteira alguma se marcam
os extremos por onde passo?
De que ecos me são devolvidas as palavras
que não cabem nas frases em que só o amor ainda cabe?
São estas as fórmulas do princípio: daqui
podem nascer os caminhos que não acabam, ou
terminar esses becos que se adivinham num dobrar
de esquina. Aqui nos sentamos, ainda,
para recomeçar esse jogo infindável, o xadrez
em que cada peça é um fragmento de sonho,
e cada jogada um salto por entre as
nuvens. Pedes-
-me que não adormeça: mas como
resistir à estranha
obscuridade dos teus olhos, enquanto a música
dos insectos embala este princípio
de tarde? Então, levantas-te, abres a janela,
e o verão entra para dentro da sala. Assim,
pode ser que tudo recomece, que se limpe
o tabuleiro, ou se atirem as peças para o chão, e
eu te ouça sem as imposições de regras, de movimentos
obrigatórios, de protocolos absurdos no jogo
da vida (o único em que ninguém sabe quem ganha,
no fim).