20 de dezembro de 2009

1680 sobreiros plantados


[actualização de 22.11.09] Ontem plantámos 1680 sobreiros. A terra estava muito boa de trabalhar, tem chovido bastante, o que facilitou muito o trabalho. Desta vez fomos menos pessoas mas ficámos o dia todo, até anoitecer, com um excelente resultado. Valeu-nos o almoço-lanche oferecido pelos donos da herdade, com iguarias caseiras, deliciosas, feitas pela dona da casa. Hoje mal me consigo mexer...

Também tive uma boa noticia, quando fui tomar café hoje à tarde: depois do abate de pinheiros que tem acontecido por aqui soube de alguém, dono de um pinhal que também foi abatido, que já começou a plantar sobreiros, pinheiro manso e azinheiras. Espero que mais lhe sigam o exemplo.

8 de dezembro de 2009

Nova plantação - sobreiros


[actualização de 22.11.09]
Dia 19 de Dezembro às 10:00h
Herdade das Sesmarias dos Nobres
Grândola

Para completar este dia, onde não foi possível plantar os sobreiros porque a terra estava demasiado seca. Desta vez há um lanche oferecido.

Uma iniciativa  da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza

6 de dezembro de 2009

27 de novembro de 2009

Tarte de espinafres bravos


Com esta deliciosa tarte, feita com os estes espinafres, me despeço por agora. Vou estar na oficina da Pó de Lixo nas próximos semanas. Em breve voltarei para a horta.

Ingredientes
1 molho de espinafres
1/2 cebola (pode ser também com alho-francês)
azeite
q.b. de farinha maisena ou outra (integral é melhor)
base de massa para tarte (pré-comprada ou se souber fazer massa de tarte melhor)

Confecção
Cozer os espinafres ao vapor (5 minutos)
Fazer um refogado com um pouco de azeite e a cebola picada
Juntar o espinafre ao refogado e deixar ganhar sabor por uns minutos
Dissolver a farinha em um pouco de água e juntar ao refogado e espinafres
Deixar engrossar até formar uma pasta
(o esparregado é assim que se faz, segundo uma recita da minha avó)
Colocar a pasta na base de tarte e levar ao forno por 40 minutos

Bom apetite!

26 de novembro de 2009

Semente de alcachofra


Cabeça de alcachofra seca de onde se retiram as sementes. É por esta altura do ano que secam e se recolhem as sementes para voltar a semear na Primavera. Os "pelos" que revestem a cabeça, segundo me disse o sr. Valentim, servem para coalhar o leite no processo artesanal de fazer queijo. Segundo ele, a sua avó e a sua mãe era assim que faziam, colocando-os dentro de uma meia para não se espalharem pelo leite. Também gostava de aprender a fazer queijo.

25 de novembro de 2009

Podem tirar-me tudo...



...menos a minha capacidade de sonhar.

Caminhos de pedras


Caminhos de pedras, sim, para a horta. Perguntei ao D. onde poderia encontrar desperdícios de pedras e ele, sendo pessoa da terra, logo me soube dizer. Fui então a uma empresa de mármores aqui perto e encontrei um monte de "entulho" cheio de boas pedras para fazer caminhos, os caminhos da horta entre as camas. Eles agradecem por limparmos o monte e nós por não pagar nada. Foi na Quinta do Carvalho Longo que vi esta solução e como as camas vão ficar "sempre feitas", no mesmo lugar, é uma forma de evitar que a erva cresça. Experimentámos e agora com pedras mais direitas vamos partir para a horta.

24 de novembro de 2009

outro tipo de vedação


Quando fomos à Herdade das Sesmarias dos Nobres, no decurso da iniciativa Criar Bosques promovida pela Quercus, foram muitas as coisas que prenderam o meu olhar, esta vedação foi uma delas. Feita com madeiras que usam na construção dos carris para comboios. Já tinha visto serem utilizadas como suporte de canteiros, de socalcos e eventualmente como vedações mas o que me despertou a atenção nesta foi o sistema de montagem. Feita em escada e com os topos dos barrotes montados uns em cima dos outros, aparentemente sem recurso a qualquer outro tipo de material. As soluções simples são sempre as mais surpreendentes.

23 de novembro de 2009

tremocilha e ervilhaca germinadas


[Actualização de 15.11.09] Ainda a propósito de germinações, a tremocilha já começou a nascer. A ervilhaca ainda está em processo de germinação, começa agora a rebentar. A pouca chuva que caiu ajudou juntamente com o orvalho da noite. Ainda assim vamos regando à mangueira uma vez por semana, dica do Sr. Abel, para a ajudar, nesta primeira fase, a agarrar-se à terra.
Feitas as contas foram precisas cerca de três semanas para nascer a tremocilha e talvez quatro, ainda a caminho, para a ervilhaca, em condições pouco favoráveis. Para ser cortada um pouco antes de florir, lá para Março próximo.

22 de novembro de 2009

Sementes em viveiro germinadas


[Actualização de 16.11.09] De cima para baixo e da esquerda para a direita:
Rúcula, chicória, alface, cebola, alho-francês e alface cordeira. Semeadas em 16 de Novembro, as sementes levaram 3 dias a germinar. Boas condições de humidade, temperatura e o facto de terem sido semeadas em composto talvez tenham contribuído para tanta vontade de nascer.

À espera delas estão as camas já preparadas com estrume, como aprendi no Permaculture Design Course, na Quinta Cabeça do Mato e tapadas para não nascer erva, como vi na Quinta do Carvalho Longo.

350 azinheiras


Esta iniciativa da Quercus realizou-se na Herdade das Sesmarias dos Nobres, perto de Grândola. Plantámos 350 azinheiras - Quercus rotundifolia; os sobreiros - Quercus suber - e os adernos-bastardo - Rhamnus alaternus - tiveram de esperar por melhor tempo para se agarrarem à terra. O solo está difícil de ser trabalhado e a pedir água, muita água. As pequenas árvores lá ficaram à espera de chuva e nós à espera que elas resistam.

Nas plantações...

O grupo...

20 de novembro de 2009

Sapo comum


Este é literalmente o habitante da horta. Cruzo-me com ele sempre que, já de noite, vou até à horta. Primeiro ouço um restolhar, depois baixo a lanterna e ele imobiliza-se. Hoje consegui fotografá-lo com a ajuda de J.

Pela horta andam muitas rãs também. Penso que isso se deve à terra estar quase toda palhada, conservando assim muita humidade. Com o orvalho que tem caído nem tem sido necessário regar.

Se quiserem saber mais informação sobre o sapo comum espreitem aqui.

Ao Encontro da Semente 2009


Detalhes e programa aqui.
Quem estiver por perto não perca porque vale mesmo a pena!

19 de novembro de 2009

Espinafre bravo


Espinafre bravo
Transplantámos alguns pés, trazidos do quintal de uma vizinha e onde se criam por si. Foi na Primavera passada, pela segunda vez, e parecia que não iriam sobreviver, de novo, mas afinal estão lindos e já a cobrir uma parte do solo; alguns pés foram nascer um pouco mais acima, sozinhos. São excelentes como cobertura de solo, só precisam de alguma humidade e sombra parcial.

Aqui, por exemplo, parecem gostar das caleiras das árvores, na foto uma nespereira, e também da proximidade da rúcula. Não será necessário semear espinafre outra vez. A planta deixa cair as sementes na terra, depois da floração, avançando por onde encontra água ou humidade.

Nota- Todo o espinafre que semeámos até hoje nunca vingou.

18 de novembro de 2009

Gorgulho na fava

composto


Na zona que protegemos com a vedação natural e onde está o viveiro semeámos várias coisas em pequenas leiras: coentros, rúcula, nabiça e nabos. Vamos colocando camadas de estrume, cartão e palha, por esta ordem. Depois quando queremos semear alguma coisa afastamos a palha, espalhamos uma camada de composto, semeamos e voltamos a cobrir com a palha. Na foto estão os coentros e foi assim para tudo o resto.

Aqui está um bom artigo sobre como preservar a saúde dos solos e ter plantas mais saudáveis.

17 de novembro de 2009

Abate dos pinheiros


Toda a área que vai do pinheiro manso, em primeiro plano na imagem, até aos pinheiros bravos que se vêem ao fundo era pinhal. A zona de abate é grande, calculo que seja de algumas dezenas de hectares. A vida selvagem está a desaparecer, por perda de habitat, principalmente a fauna como as corujas e cucos que quase já não se ouvem, rolas bravas, coelhos, raposas... muito triste.

16 de novembro de 2009

Larva de escaravelho?


Penso que seja uma larva de algum tipo de escaravelho, talvez deste tipo - Blaps lusitanica - que circundam muito o compostor. Encontram-se no composto, na camada mais profunda da pilha. Minhocas é que nem vê-las ":O(

Criar bosques


Uma iniciativa da Quercus.
Vão-se os pinheiros mas talvez venham outras espécies, autóctones: sobreiro, azinheira, medronheiro e aderno-bastardo.
Plantações em várias zonas do país no dia 21 de Novembro. Mais informações aqui.
Nós estaremos nas Sesmarias, Grândola, mas o que nos move mesmo são as árvores, pela preservação do solo.

Sementeira Outono/Inverno


Não sei se deixe o viveiro descoberto ou se coloque a estufa. Enquanto o tempo estiver assim, pouco frio, penso deixar ao ar. As sementes são biológicas excepto a de cebola que recolhemos aqui este ano. Por baixo da palha está cartão evitar que a erva nasça. Está nesta zona que antes do cartão ser colocado foi estrumada, ficando preparada para futuras culturas.

15 de novembro de 2009

Etiquetas para a horta


Este Outono já não vai ser como na Primavera, a confusão total. Uns bocados de madeira e um pouco de tinta e todas as camas, linhas e leiras ficam identificadas com a cultura que têm. Mesmo os vasos do viveiro, e principalmente estes, tiveram direito a uma. As culturas de Inverno são mais fáceis de identificar mas, ainda assim, mais vale prevenir, até porque há camas onde ainda não nasceu nada e assim sabemos que não poderão ser ocupadas. Uma boa forma de aproveitar o Domingo para alguém que não consegue estar sem fazer nada.

PS- Só por curiosidade, por estes lados semeiam a fava roxa ou preta em Outubro e a fava branca em Dezembro. Estivemos a escolher, retirar as que tinham bicho e separar para congelar por 48h. Semeada agora a roxa.

tremocilha e ervilhaca


A semana passada foi tempo de semear a tremocilha, o grão pintalgado e pela primeira vez ervilhaca, o grão mais pequeno e escuro. Utilizamos estas culturas para cobertura de solo e como adubo verde. Um pouco antes da época de floração, meados de Março a princípios de Abril, corta-se e deixa-se na terra para incorporação ou cola-se nas camas hortícolas. Já a desesperar por chuva andámos a ver como poderíamos montar um aspersor para regar toda a área mas ficava demasiado caro para só ser utilizado uma vez, para o ano que vem há outros planos. Regámos uma ou duas vezes à mangueira e agora este presente do céu, a chuva, tão importante para a semente germinar e conseguir agarrar-se à terra.

14 de novembro de 2009

Ervilhas


Este ano espero conseguir ervilha para secar e armazenar Semeámos no topo da horta uma variedade de semente biológica e ao longo desta vedação semente sem tratamento, de uns amigos, já adaptada a esta zona. As camas já estavam feitas desde o início de Outubro, com estrume, cartão e palha.

vedações naturais com troncos


Este é um outro tipo de vedação natural, feita com troncos. Uma boa opção para quem tem no terreno recursos naturais. Não é o nosso caso mas fora do monte eles também existem. Infelizmente, nesta zona, o abate dos pinheiros tem sido implacável, um dos maiores crimes ambientais que está a ser cometido.

O Alentejo tornou-se numa das zonas mais áridas do país, fruto das grandes monoculturas do Estado Novo como o trigo, o centeio e as grandes lavouras que desgastaram muito o solo. Depois, erros sucessivos posteriores a essa época, como o pinheiro, estão a terminar com a pouca vida que ainda há, do solo e do ar.

Com o abandono dos terrenos agrícolas os pinheiros nasceram por si e têm formado uma outra monocultura, mais atreita a pragas. As pragas encontrando uma única espécie proliferam e têm levado à morte muitas árvores. Aqui é a processionária a que mais se vê e o pinhal já quase não existe, não tanto por elas mas mais pelo abate. Durante o Verão o que mais se houvia eram as moto-serras e o tombar das árvores; hoje o pinhal está irreconhecível.

9 de novembro de 2009

vedações naturais


Vedações naturais, semelhantes às que são construídas em África para proteger o gado do animais selvagens. No nosso caso os animais selvagens não passam de cães, ainda assim muito destruidores, principalmente de plantas aromáticas.

Havia aqui, e ainda há, um Goldcrest lindo ao qual chamávamos o condomínio, por ser um dos lugares preferidos dos pássaros. Dado a altura que atingiu e a força do vento foi ficando cada vez mais inclinado, com ramos já muito secos, ameaçando tombar. Pensou-se em cortar mas os pássaros, decerto, iriam ficar tristes. Veio então um rapaz, alpinista, que soube transformar o seu desporto em profissão, cortar as partes secas e escorar a árvore, para que possa continuar a viver. Em breve voltará a rebentar e a ficar viçosa.

A história foi para contar sobre o que se fez com os ramos cortados: uma vedação natural contra as "feras" do monte. As vedações de arame irão desaparecer para serem substituídas por esta opção. A paisagem altera-se, agora natural e com formas orgânicas (ondulantes), sem limites demasiado rígidos. Os pássaros também agradecem este óptimo poleiro. Quandos os trabalhos estiverem mais adiantados voltarei a este assunto, com imagens mais esclarecedoras.

1 de novembro de 2009

Pó de Lixo


Depois de uma ausência tão prolongada, estou de volta. Para além dos quase dois meses sem internet - o preço a pagar por nos atrevermos a mudar de operador - as actividades também cresceram para outra área. Criámos, nestes dois meses de interregno, a oficina Pó de Lixo, lugar de experimentação inspirado no conceito de upcycling, um processo de transformação de objectos usados em novos objectos com maior qualidade e valor do que o original.

8 de outubro de 2009

"O Ambiente na Encruzilhada"


O Ambiente na Encruzilhada.Por um futuro sustentável

Conferência Gulbenkian 2009

27 e 28/10/2009
09h00 às 18h00
Aud. 2
Entrada Livre
Mais informações aqui (horários, temas e oradores) e sobre a conferência aqui.

5 de outubro de 2009

As plantas do Jardim Gulbenkian


Um ciclo de três visitas guiadas pelo Jardim Gulbenkian onde serão exploradas as espécies naturais de Portugal, as espécies da região mediterrânica e as intercontinentais .

As plantas portuguesas
OUT 10/ 11H00
Min 10-Máx 25 / 5€

As plantas mediterrânicas
OUT 10/ 11H00
Min 10-Máx 25 / 5€

As plantas intercontinentais
OUT/ 11H00
Min 10-Máx 25 / 5€

Concepção e orientação de Pedro Lérias
Mais informações aqui.

Nota:
Desde que tenho andado sem internet a opção para pesquisas é mesmo o papel. Parece inconcebível que no século XXI, e num país onde se ouve falar demasiado em novas tecnologias, estejamos há quase mês e meio à espera de rede. Estou quase tentada a desistir de tudo: telefone, telemóvel, internet ...

9 de setembro de 2009

Camas elevadas (Raised beds)



As camas elevadas ou "raised beds" foram uma das actividades do curso de Permacultura. A palha e o cartão já usávamos por aqui, mas preparar a terra assim, por camadas (cartão, matéria orgânica e palha) é a primeira vez; molha-se o terreno, coloca-se o cartão e molha-se de novo, matéria orgânica (no nosso caso foi estrume de cavalo graças à persistência de J., pois estava difícil de encontrar, de qualquer tipo), novamente água e por fim a palha que também é regada.

Tudo o que estava na terra ficou e no resto do terreno vamos fazer assim. As culturas que ainda restam serão cortadas mas as raízes permaneceram na terra e deixaremos de cavar a terra, de forma a melhorarmos a fertilidade do solo. Para saber sobre este método de tratar a terra consultar o site de Masanobu Fukuoka ou ver este filme de Emilia Hazelipe.

Usámos uma carrada de estrume (cerca de 4m cúbicos, mais ou menos) para 2 camas, num total de cerca de 40m de comprimento e uma largura de 60cm (medidas aproximadas); espero conseguir fazer as próximas camas mais altas, com 60cm de altura (o dobro das que terminámos hoje).

4 de setembro de 2009

Para quem costuma ler este blog

Tenho estado com internet limitada e acesso reduzido por isso não tenho publicado nada.
Espero que esta situação se resolva com brevidade.
As minhas desculpas.

Até breve

14 de agosto de 2009

Oficina de guardiões de sementes



5 e 6 de Setembro

"O programa desta oficina contempla aspectos relacionados com as técnicas de cultivo, colheita e preservação das variedades tradicionais. São analisados os diferentes tipos de polinização e as estratégias para a manutenção da pureza varietal, tendo em atenção as características das variedades e as suas condicionantes botânicas. Os interessados em participar nesta nossa iniciativa poderão ainda pôr em prática as técnicas de extracção de sementes pelos métodos húmido e seco. A finalizar serão abordados aspectos relacionados com a selecção e conservação das variedades cultivares.

Data limite para as inscrições dia 31 de Agosto.

Informamos que cada oficina tem um custo individual de 5 € para sócios e de 25 € para não sócios."

in O Gorgulho, Boletim Informativo sobre Biodiversidade Agrícola, Colher para Semear – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais, ano 6, nº14, Verão de 2009

Cobra, a descoberta de um novo habitante


Estava hoje na piscina, a flutuar, com a cabeça de fora sem aparente aflição, com cerca de 30cm. Pelas pesquisas e descrições feitas parece uma cobra rateira (Malpolon monspessulanus), mas se algum especialista passar por aqui será bem vindo um comentário a confirmar ou rectificar.

9 de agosto de 2009

água da chuva



Entre outros projectos em curso este é um dos que me enche a alma, reduzir a utilização da bomba do furo e a água quando chover. O depósito foi colocado numa estrutura preparada para suportar 400 litros de água. Pensámos muito sobre que estrutura colocar, madeira ou aço, mas acabou por ficar em aço. A madeira teria sido a melhor opção - material natural e degradável - mas para construir não temos o material necessário. Além de ficar mais caro, para suportar este peso teria de ser uma estrutura mais complexa e com maior impacto visual. A estrutura ficou fixada numa viga de betão.

O depósito, de 125 L, já vem preparado para levar um bujão ou torneira de 3/4, com rosca. Ficou com uma à saída, outra no duche, e a tubagem foi aproveitada de tubo de rega de 20mm. A primeira fase está testada, embora não seja a situação ideal pois tem pouca pressão, mas já serviu o fim a que se destina, uma boa banhoca. A fase seguinte será colocar um nível, uma torneira de emergência (para libertar água se necessário) e depois instalar mais 1 depósito, ligado a um tubo em espiral, para aquecimento de água.

PS-A chuva é fictícia, pois há muito que não chove.

8 de agosto de 2009

Da horta


Colhemos todos os dias, se quisermos, alguma coisa da horta. Hoje foram meloas, beringelas, tomate cereja e cabacinhas para secar (acho que não se comem). E flores, sempre flores. Este é um tempo de impasse, em que pouco se pode fazer na terra; fica-se entre colher os frutos e a espera pelas próximas sementeiras.

Temos andado à procura de estrume para preparar as camas hortícolas, com pouca sorte. Parece que os agricultores por aqui estão a deixar de ter gado, não compensa segundo dizem. Melhor para o ambiente e pior para nós, que gostaríamos de recuperar o solo.

Já pensei em arranjar um burro ...

7 de agosto de 2009

"instructables"


Um bom site para consultar, ver como se faz e obter inspiração para muitos projectos. O site está em inglês mas, para quem não sabe, pelas imagens pode aprender-se muito. Se quisermos ver os detalhes dos projectos é necessário ser-se membro e pagar.

Andava à procura de barris para recolha de água da chuva e um dos exemplos que encontrei foi este. Despertou-me a atenção porque tem um painel solar acoplado, que faz trabalhar uma bomba, e um nível para se saber qual a quantidade de água que se encontra dentro do depósito.

O que estamos a fazer é mais simples, com aproveitamento de tubagens que temos por aqui (de rega) e deve ficar hoje pronto. Em breve mostro como foi feito.

3 de agosto de 2009

A ler neste momento ...


... "Os fundamentos da Permacultura".
Versão em Português e em Inglês

Agora é tempo de arrumar ideias e concretizar alguns projectos paralelos à horta, que tem vindo a dar os seus frutos por si. Pouca atenção tenho dado, muito menos algo contra doenças e de bom grado se aceita o que ela tem oferecido: tomates, meloas, manjericão, pepinos, abóboras, feijão. Ainda a amadurecer melancias e tomate cereja.

O feijão de sequeiro e o grão estão a secar para a debulha.

Durante o mês de Agosto iremos semear, nas camas do feijão e do grão, batata e preparar as camas para o Outono, das ervilhas e das favas.

1 de agosto de 2009

O fim do "Lugar ao Sul"


Chegou ao fim, inesperadamente, o programa de rádio de Rafael Correia, Lugar ao Sul, que passava na Antena 1. É com tristeza que vou deixar de ouvir os sons de outras gentes e outros lugares, de saberes antigos e de histórias como do Sr. Pinela. Aqui ficam os últimos programas de 26 anos de trabalho.

8 de julho de 2009

Depois do encontro


Do curso não vou falar quase nada pois ainda estou a digerir o que vivi. Por agora posso dizer ter encontrado um "lugar" (não físico) onde me sinto bem e igual a mim mesma. O cérebro fervilha de ideias e consolida projectos.

Volto à horta, este sim um lugar físico onde me sinto em casa, para descobrir novos habitantes, auxiliares no equilíbrio das "pragas"; mais, além deste louva-a-deus, no Trumbuctário em Habitantes da Horta, entretanto actualizado. O lago veio dar vida a seres que não se viam por aqui como os morcegos, as cobras e os lagartos, o que nos leva a pensar que a diversidade se começa a sentir e a ver. As colheitas continuam: courgetes, pepinos, manjericão, coentros, feijão verde e andamos a recolher sementes de alface, cebola, alho-francês, salvia nas horas do calor, colocadas no armário de secagem. Começamos as estacas de alecrim, e agora também de madressilva, de salvia, manjerona e tomilhos.

5 de julho de 2009

Armário para secar ervas


A secagem de ervas tem sido um pouco complicada até hoje, ou porque o lugar não é próprio, o espaço ideal que existe é pequeno, enfim, as razões são de variada ordem. Assim sendo, tenho andado a pensar como construir um armário para o efeito e que sirva igualmente para colocar sementes ates de serem guardadas.

Lembrei-me que as caixas de fruta podem ter inúmeras funções e com elas estou a construir um armário muito simples e fácil de fazer. Retira-se o fundo de contraplacado das caixas, como base colocamos a primeira caixa, virada para baixo, e os topos funcionam como pés (no meu caso trouxe do lixo um aquecedor velho do qual vou aproveitar as rodas para fixar aos pés), depois, nas restantes caixas agrafo rede mosquiteira para fazer o fundo. As caixas são colocadas umas em cima das outras, sem ficarem presas, podendo-se mudar a sua posição conforme seja necessário.

A inspiração fui buscar neste exemplo de compostor doméstico e as rodas, para proporcionar mobilidade ao armário, foi o armário de secagem que vi na Quinta do Carvalho Longo.

2 de julho de 2009

Casas de colmo


Numa visita a um centro de jardinagem. As casas de colmo, construídas por habitantes locais que dominam esta arte, são bonitas, embora para mim demasiado “penteadas”, gosto mais de casas assim. Mas tenho andado a pensar nas casas de banho secas e vou precisar de um pequeno telheiro para instalar o compostor próprio. O colmo talvez possa ser uma solução interessante. O que gostei mesmo foi do lavatório, uma pia de galinheiro, em pedra. Como parece que está na moda, segundo me disseram, devem ser difíceis de encontrar ou caras, mas existem outras soluções.

30 de junho de 2009

Horta espiralada vs selva amazónica


Foi assim que ficou a horta espiralada, uma enorme confusão. A ideia seria o feijão de trepar com as flores vermelhas (Phaseolus Coccineus) ao centro circundado por grão e feijão rasteiro. Afinal, o que pensava ser feijão rasteiro veio a revelar-se outra qualidade de feijão de trepar. A horta espiralada tornou-se no que mais parece uma pequena selva amazónica. As etiquetas improvisadas do viveiro perderam a tinta e foi com dificuldade que distingui o que era o quê, ou melhor, não distingui.

Aliás, onde nasceu a mistura de cabaças afinal estão as abóboras hokaido, nos pepinos nasceram as melancias, nas melancias estão as meloas e devo ter feito mais umas tantas trocas porque pepinos não faltam por aqui. Como dei alguns pés dessa “troupe” alguém deve ter agora muitas abóboras, melancias e meloas, pois nós temos poucas. Estas plantas são quase iguais, quando têm 2 a 4 folhas, para um olhar pouco experiente como o meu.

No próximo viveiro: etiquetas, etiquetas, etiquetas... em condições.