30 de junho de 2009

Horta espiralada vs selva amazónica


Foi assim que ficou a horta espiralada, uma enorme confusão. A ideia seria o feijão de trepar com as flores vermelhas (Phaseolus Coccineus) ao centro circundado por grão e feijão rasteiro. Afinal, o que pensava ser feijão rasteiro veio a revelar-se outra qualidade de feijão de trepar. A horta espiralada tornou-se no que mais parece uma pequena selva amazónica. As etiquetas improvisadas do viveiro perderam a tinta e foi com dificuldade que distingui o que era o quê, ou melhor, não distingui.

Aliás, onde nasceu a mistura de cabaças afinal estão as abóboras hokaido, nos pepinos nasceram as melancias, nas melancias estão as meloas e devo ter feito mais umas tantas trocas porque pepinos não faltam por aqui. Como dei alguns pés dessa “troupe” alguém deve ter agora muitas abóboras, melancias e meloas, pois nós temos poucas. Estas plantas são quase iguais, quando têm 2 a 4 folhas, para um olhar pouco experiente como o meu.

No próximo viveiro: etiquetas, etiquetas, etiquetas... em condições.

27 de junho de 2009

Semente de alface


Não fazia ideia que a semente de alface surgisse assim, depois da flor o que fica das pétalas são estes finos fios brancos e no interior a semente, minúsculos gomos escuros. Por aqui, para a recolha da semente, fazem como com a cebola, o alho francês e todas os vegetais que dão semente assim pequena e de rápida dispersão depois de seca, julgo que para a semente atingir o devido amadurecimento. Nós fomos mais apressados, fizemos um raminho e agora ficará no armário para secar ervas.

25 de junho de 2009

Mais um ninho de melros


Estou de partida para a Fontanheira, onde vamos ficar, e depois, durante 9 dias, a caminho da Quinta Cabeça do Mato para o curso de Permacultura. Sinto-me uma privilegiada e estou muito feliz, cheia de projectos na cabeça.
Como não virei ao Trumbuctu deixo algumas notas do diário agendadas.

O lago ficou demasiado pequeno



Agora na piscina, relas e rãs verdes. São 9 rãs verdes e uma rela a dominar o território. Ainda não vai ser este Verão que iremos transformar a piscina num lago, com muita pena para elas, lá serão obrigadas a mudar de “casa”.

24 de junho de 2009

Recolha de sementes




Papoila do oriente (Papaver somniferum), dadas pela Z.


Cebolinho (Allium schoenoprasum)


Flor de Tília


Capuchinhos ou chagas (Tropaeolum majus)


Maravilhas (Calendula officinalis)

Cartonar e palhar a horta


A ausência deve-se ao muito trabalho que tem havido. Na horta deixámos de arrancar as ervas daninhas, cortam-se deixando a raiz na terra. Segundo a explicação que ouvi na palestra de Permacultura, as ervas daninhas são o s.o.s. do solo. São as primeiras a surgir como reacção natural da terra e dos ecossistemas para que o solo não fique a descoberto, suportando a acção nociva dos raios UV, e a vida no solo tão essencial ao equilíbrio, permaneça. As únicas que retiramos são as que se encontram junto ao pé das culturas.

Agora estamos a colocar cartão entre as linhas de cultivo e em todas as áreas não cultivadas para evitar o aparecimento de ervas. Em seguida, não sendo necessário, será colocada a palha. As ervas cortadas são deixadas em cima do cartão e nem chegam a sair da horta.

11 de junho de 2009

Pombos cambalhota


Afinal ainda andam por aqui (ver post anterior), sempre juntos ao que parece. Hoje, quando fui espreitar a figueira onde tinham poisado, reparei que existe mais um ninho, talvez de melros; aquela "casa" já está ocupada. O R. é que me chamou para ver se eram os novos hóspedes, e são. O nome "pombo cambalhota" foi dado pelo homem que os vendeu, quando levantam voo dão primeiro uma cambalhota. Não me parece que o tivessem feito mas o nome pouco importa. Esperemos que sejam felizes.

10 de junho de 2009

Dia de mercado

Hoje fomos ao mercado mensal, eu e a minha mãe. Perdemos um saco e voltámos a trás para ver se ainda o encontrávamos. Nada. De volta à saída ambas pensámos o mesmo, sem dizermos nada uma à outra, encontrar um corredor de bancas de forma a não passarmos na zona dos animais.

Sem êxito o conseguimos e quando demos por nós lá estavam eles, esquilos, piriquitos, pombos e um sem número de outros animais enclausurados, sem espaço, encavalitados uns em cima dos outros, em minúsculas gaiolas. Numa delas estavam 5 pombos, num espaço tão exíguo,
que mal se podiam mexer. Um deles estava permanentemente a dar bicadas noutro que tentava fugir pelo chão da gaiola, sem ter por onde escapar. Por mim não tinha parado, fingindo não ver pela dor que me causa, mas a minha mãe parou. Parou e agiu.

Comprou o pombo que estava a ser bicado e ainda outro, vieram ambos em caixas de sapatos. Quando chegámos a casa dela abrimos as caixas para os soltar mas eles, mesmo com as caixas abertas, não saiam. Tanto tempo de clausura sem saber o que é a liberdade deve ser aterrador.

Com um empurrãozito saíram mas ficaram no chão, um pouco aturdidos e desorientados. Mais um empurrão e voaram para cima de uma figueira, a custo pois aquelas asas há muito que não deviam saber o que é voar. Com água e comida por perto lá ficaram.

Comigo fica um grande ensinamento. Da próxima vez que for à feira já não vou evitar passar no corredor dos animais, sei agora como posso agir.

6 de junho de 2009

remoção do solo

Desde esta altura, ou melhor depois de ver como o solo ficou, "quebrado", tenho pensado que o melhor mesmo seria acabar com a vinda do tractor e com a consequente remoção do solo, mesmo com a enxada. As abordagens convencionais acabam por persistir e o que eu pensava ser algo positivo tem tido um efeito nefasto, destruidor, potenciando mais voos de "pássaros tristes".

Nas leituras que tenho feito, nas conversas com a minha prima E., que foi quem me deu a conhecer o site do Nelson Avelar e o conceito de Permacultura, pela observação de outras hortas, percebo que existem "novas" formas de cultivar, formas que preservam a estrutura do solo, a parte mais importante para se conseguir hortas saudáveis e resistentes a pragas.


No passado Domingo, andava por aqui a pesquisar e encontrei, à última da hora, o IV Encontro Alternativas em Sintra onde se iria falar sobre construções com materiais naturais. Decidi ir mas, entretanto, lendo mais atentamente o programa vi que iria haver uma palestra sobre Permacultura. Nem hesitei. Valeu a pena por vários motivos.

Primeiro porque conheci quem está "por detrás" do blogue A.B.C. Hortas Gourmet, depois porque trouxe a solução que me vai substituir uma nova vinda do tractor.

Problema:
No monte temos uma invasão de eslcaracho, e que foi agravada quando passou o tractor, que o espalhou ainda mais. É uma erva de difícil erradicação, as raízes chegam a atingir 70 cm e basta ficar um pedacinho na terra para ele continuar a crescer. Ainda assim estávamos a pensar no tractor para remover a erva, trazendo-a à superfície para secar durante o Verão.

Solução:
Tapar toda a zona do terreno, onde está a erva, com cartão e deixar ficar. Como nessa parte do terreno não vamos cultivar ficará assim até à próxima Primavera. Na verdade já fazíamos isso nas zonas de cultivo, com jornal e palha, e efectivamente em certas partes a erva não nasce e nas zonas junto às plantas (mais descobertas) nasce muito menos. O solo fica coberto, protegido, toda a vida do solo e sub-solo protegida e veremos bandos de pássaros felizes.

Definitivamente, no Outono, partiremos para a construção de camas hortícolas.

5 de junho de 2009

Madressilva


Esta madressilva (Lonicera japónica) já existe há muitos anos, sempre no mesmo local e meio selvagem, sem qualquer tipo de cuidado em especial, nem sequer rega. Na foto não se vê mas, da forma como cresceu, faz uma pequena gruta no interior. Talvez por isso esteja tão viçosa, pois gosta de ter as raízes na sombra e o topo ao sol; o tipo de terreno, arenoso, também é o mais indicado para esta planta.

Ao olhar para ela lembrei-me que poderia ser uma boa opção para cobrir a casa das ferramentas. Neste momento colocámos vinha virgem, que também resulta numa boa cobertura, excepto no Inverno, altura em que perde a folha, ao contrário da madressilva que é de folha perene. Vou fazer estacas em Julho, umas por mergulhia e outras em vaso, e esperar que vinguem.

Pode ser utilizada como cobertura de solos, ajudando a prevenir a sua erosão, desde que controlada, pois pode tornar-se invasora. O perfume libertado pelas suas flores atrai muitos insectos polinizadores e pássaros, é uma outra opção a considerar, além dos tomilhos, para uma parte do terreno que limita a horta e que precisa de ser coberto.

4 de junho de 2009

Do outro lado da horta


Este é o local onde está a passiflora, a vinha virgem, entre algumas ervas aromáticas e plantas medicinais. A passiflora já está a trepar pela figueira e terá de ser reconduzida. A rega está instalada e estrumámos os canteiros talvez há 2 meses. Praticamente não tem presença humana. As plantas estão tão bonitas que parece quanto menos houver intervenção humana melhor. É qualquer coisa semelhante a isto que gostaríamos de conseguir na horta, talvez um pouco mais assim.

3 de junho de 2009

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Ontem correu tudo bem com a Estrela. Está em franca recuperação, só não consegue andar com o "capacete", que a impede de chegar com o focinho aos pontos. Desorienta-se e começa andar para trás. Já o tirei, ontem mesmo, e está tudo bem. Fica horas ao meu colo...estou feliz e aliviada por ela estar a voltar a ser a gata que era.