Hoje fomos ao mercado mensal, eu e a minha mãe. Perdemos um saco e voltámos a trás para ver se ainda o encontrávamos. Nada. De volta à saída ambas pensámos o mesmo, sem dizermos nada uma à outra, encontrar um corredor de bancas de forma a não passarmos na zona dos animais.
Sem êxito o conseguimos e quando demos por nós lá estavam eles, esquilos, piriquitos, pombos e um sem número de outros animais enclausurados, sem espaço, encavalitados uns em cima dos outros, em minúsculas gaiolas. Numa delas estavam 5 pombos, num espaço tão exíguo,
que mal se podiam mexer. Um deles estava permanentemente a dar bicadas noutro que tentava fugir pelo chão da gaiola, sem ter por onde escapar. Por mim não tinha parado, fingindo não ver pela dor que me causa, mas a minha mãe parou. Parou e agiu.
Comprou o pombo que estava a ser bicado e ainda outro, vieram ambos em caixas de sapatos. Quando chegámos a casa dela abrimos as caixas para os soltar mas eles, mesmo com as caixas abertas, não saiam. Tanto tempo de clausura sem saber o que é a liberdade deve ser aterrador.
Com um empurrãozito saíram mas ficaram no chão, um pouco aturdidos e desorientados. Mais um empurrão e voaram para cima de uma figueira, a custo pois aquelas asas há muito que não deviam saber o que é voar. Com água e comida por perto lá ficaram.
Comigo fica um grande ensinamento. Da próxima vez que for à feira já não vou evitar passar no corredor dos animais, sei agora como posso agir.
10 de junho de 2009
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