25 de abril de 2011

da horta




[Actualização de 28.03.11]
Após várias soluções ineficazes para evitar os caracóis consegui uma que os impede de comerem as plantinhas do viveiro. Cobri os tabuleiros de sementeira com uma gaze fina, que se utiliza na protecção de pequenas árvores, e enterrei-a de forma a não deixar entrada nenhuma. Foi remédio santo, nem uma planta sequer trincada. Esta cobertura permite a entrada de luz, de humidade e mantém uma boa temperatura facilitando a germinação.

Tudo nasceu excepto os pimentos, de origem algo duvidosa. Até os tamarilhos, que eu pensei já não germinarem, despontaram agora - levaram quase um mês para nascer. Prontas para irem para a terra abóboras hokaido, courgetes, meloas e melancias.

Mas as surpresas continuam! O kiwi está lindo, depois de o desembaraçarmos da vedação e de encaminharmos os ramos para começarem a trepar; o funcho também, brilhando de verde, filho duma destas plantas semeadas nesta altura.

24 de abril de 2011

ovos de páscoa

carqueja





Da carqueja colhida no outro dia, e com a chuva que não nos deixou andar lá fora, fizemos dois saquinhos com flores e sete com a rama,  20 grs cada. Aqui em casa estamos a tentar criar os nossos próprios produtos, procurando restringir o consumo a bens que efectivamente não podemos/conseguimos produzir.

A carqueja (Pterospartum tridentatum) é uma planta arbustiva perene, muito bem adaptada a esta região e com inúmeras propriedades medicinais. Faremos infusões de flores e da rama para melhorar o sistema digestivo.

22 de abril de 2011

limpar as laranjeiras




Limpar, ou abrir, as laranjeira significa fazer uma pequena poda de forma a que a árvore fique mais aberta. Não sou muito adepta de podas, mas neste caso acho que é benéfico; a árvore 'respira' melhor, entra mais ar e luz no interior da copa e por isso fica menos vulnerável a fungos e outros parasitas. À medida que ia cortando os ramos pedia-lhe desculpa. Procurei fazer com o maior cuidado pois as árvores também choram.

Nunca tinha feito este trabalho e pedi à Zília que me explicasse como o fazer. Disse-me também não saber bem mas lá me mostrou. Comecei o trabalho e procurei não cortar demais. Foram  três laranjeiras, uma por dia, e na última até fiquei sentada no meio da copa para perceber melhor quais os ramos a cortar. Ficou uma por limpar porque um casal de melros decidiu fazer lá o seu ninho, como em Maio e Junho de 2009, aproveitando a palha que espalhámos para cobrir a camas da horta. Ainda chegámos a ver a fêmea nessa tarefa. Vamos ter de esperar que a prole largue o ninho.

Na primeira imagem a laranjeira já podada, na segunda a laranjeira onde está o ninho e na última a mãe melra.

20 de abril de 2011

work in progress II








Não, não fiquei perdida na Serra de Grândola nem tão pouco derreada por percorrer 20km ":O). Nem sequer à caminhada consegui ir, com muita pena pois acho que iria conhecer alguns lugares preciosos. Os trabalhos na horta têm tomado a maior parte do tempo, primeiro numa" corrida em quarto crescente" para algumas culturas e agora numa "corrida em quarto minguante" para outras; procuramos seguir, quando possível, o calendário biodinâmico ou, não sendo possível, os ciclos da lua. Depois dum monte de estrume caldeado - com terra à mistura - quase no fim e 5 dias de trabalho, metade do primeiro sector já ficou pronto e parcialmente semeado. Nos próximos posts vou detalhar cada uma das imagens, explicando o que fizemos e o que plantámos.

16 de abril de 2011

à descoberta da Serra de Grândola


© Clube Natura

"Por um percurso pedestre marcado de Pequena Rota vamos conhecer uma das mais bonitas e variadas serras de Portugal com 371 metros de altitude, surpreendentemente situada no litoral alentejano. Vamos atravessar olivais seculares e montes cobertos de belos montados de sobro, com alguns desníveis mas sempre por caminhos largos e de fácil locomoção, percorrer vales frondosos com fetos a ladear ribeiras refrescantes e passar por montes abandonados e fontes de mergulho e possibilidade de observar variadíssimas espécies da flora local toda em flor e de apreciar o canto de inúmeros pássaros que habitam a região."

Quando
Dia 17 de Abril (amanhã)
10:00 horas

Onde
Grândola

Dificuldade
Média (percurso fácil mas longo, cerca de 20km)

Gratuito, basta aparecer. Mais informações no site (próximos eventos).

Boas caminhadas!

15 de abril de 2011

uma breve referência

Trumbuctu nos media. Uma breve referência, eu sei, mas ainda assim fico contente por alguém considerar os conteúdos deste blog merecedores de serem divulgados. Alguma reacção, de vez em quando,  anima-me a continuar a partilhar o diário desta horta.

14 de abril de 2011

encontro com trumbuctu



Uma nova Primavera, um novo ciclo, um novo encontro com o ser que deu nome a este projecto - um gorgulho de nome Lixus angustatus (explicado com mais detalhe aí ao lado). O trabalho na horta tem-me absorvido tanto que não consigo vir ao blog. 'Work in progress' continua e brevemente trago imagens da evolução dos trabalhos.

9 de abril de 2011

work in progress




[actualização de 28.03.11] Os marcadores para os viveiros funcionaram a 100%! Com chuva e com rega continuam firmes a cumprir a sua função: lembrar-me o que plantei e onde. As paletes também nos têm surpreendido pela positiva, nas infinitas possibilidades em aproveitamento de espaço que proporcionam. Nelas coloquei os tabuleiros, sobre os canteiros já criados, para fugir aos caracóis. Apesar da sua voracidade, temos nascidas plantinhas de abóbora hokaido, beterrabas, três variedades de tomate, alcachofra, melancia, meloa, segurelha, manjerona, nabos, couve-chinesa, couve portuguesa, alfaces e feijoca. Já estamos a preparar as camas para as transplantações e nos próximos dias vamos semear feijão rasteiro de diferentes variedades.

Ah, e já me esquecia de dizer que talvez iremos semear, pela primeira vez, chicharos (Lathyrus sativus), para experimentar e preservar semente.

6 de abril de 2011

pelo montado








Um passeio de bicicleta por matos de estevas, rosmaninho, tojo e carqueja; no regresso, pelo montado, flores. A cor eleita foi o roxo, o rosa e o lilás. Pena é não poder deixar aqui o cheiro das estevas.