23 de outubro de 2010

feira de Castro Verde


No Domingo passado fomos à feira de Castro Verde, dez anos volvidos desde a última vez que lá estive. As idas a estas feiras anuais criam em mim uma grande expectativa do que vou encontrar, mas acabam por ficar aquém das memórias que guardo da minha infância: as mantas, os cobres, as alfaias e toda a parafernália agrícola, o encontro de compadres. Conheci um senhor que ainda faz cajados. Dos únicos, talvez, a fazer essa arte pois pastores já há poucos. Vi um alambique, cestos e pouco mais. Muita coisa acabou sem dar lugar a outras novas merecedoras da minha atenção. Ainda assim consegui trazer dois pares de meias feitas à mão, em lã de ovelha, e uns sininhos para colocar nos espanta-espíritos que estou a fazer.


E um cafezinho na Sociedade Recreativa.

2 comentários :

Joba disse...

Está nas nossas mãos não deixar acabar estas pequenas profissões. Dias atrás, em viagem profissional por esse Portugal, fiquei parado num largo de uma velha terra, rica em olaria (S.mamede -Batalha) Aproveitei a forçada interrupção para parar o carro e ir vasculhar as bancas que por lá havia e descobri entre muitas coisas que ainda há maçãs tortas com bicadas de pássaros e com sabor. Comprei um saco cheio delas, para contento da velha senhora que mas vendeu e andam a fazer-me companhia e a perfumar o meu carro como há muito tempo não sentia. Cores e aromas da terra. Hum que bom...

Trumbuctu disse...

É mesmo. Quase esquecemos o verdadeiro sabor que as coisas têm ":O)