5 de maio de 2011

sabias que o leite é retirado a uma mãe em luto?


(...) As vacas leiteiras são os animais mais explorados do planeta: são repetidamente engravidadas à força para produzirem leite, sofrem durante dias a angústia de lhes verem retirados os filhos logo que nascem, são constantemente atormentadas pela maquinaria que as fere enquanto lhes suga o leite que era destinado aos filhos e, no fim, acabam numa "refeição feliz" do McDonald's ou num outro hambúrguer qualquer.

Muitas pessoas julgam que as vacas produzem leite por obra e graça do Espírito Santo, mas a realidade é bem mais mundana. Para manter uma produção ininterrupta de leite, as vacas têm de ser repetidamente forçadas a engravidar e a dar à luz um filho. Costumam ser engravidadas através de inseminação artificial, o que envolve a introdução forçada de um braço no recto da vaca para posicionamento do útero, enquanto um instrumento para depósito do sémen é empurrado pela vagina. Para recolha do sémen, é comum utilizar-se um boi macho castrado a fazer o papel de fêmea, já que uma fêmea não conseguiria aguentar tantas montas consecutivas. O sémen é recolhido enquanto o boi reprodutor é obrigado a montar o boi castrado.

As vacas são animais extremamente sociais e com fortes laços familiares, mas são constantemente obrigadas a ver os filhos recém-nascidos serem-lhes tirados, para que os humanos possam ficar com o leite que era destinado aos seus bezerros. O processo de separação é agonizante e traumatizante tanto para a mãe como para o filho, e é comum ambos gritarem um para o outro enquanto são afastados. Algumas vacas emitem sons de lamento durante vários dias após lhes serem retirados os filhos. Para elas, como para a maioria das mães, não há maior dor que a perda de um filho.

Os vitelos macho filhos das vacas leiteiras não têm nenhuma utilidade para a exploração de leite, pelo que são vendidos para consumo e são castrados para terem uma carne mais tenra. As vitelas fêmea podem ser encaminhadas para consumo ou ficar na exploração para substituírem vacas leiteiras esgotadas.

Por volta dos 6 anos de idade, que seria apenas o princípio da idade adulta na natureza, as vacas estão esgotadas física e psicologicamente, e isso reflecte-se no declínio da produção de leite. Dado que a margem de lucro é para manter, as vacas extenuadas são rapidamente vendidas para abate.

Vacas numa exploração de leite.Após terem passado por diversas inseminações forçadas, partos dolorosos, separações angustiantes e ordenhas sem descanso, espera-as agora o aterrorizante matadouro com o seu característico e nauseabundo cheiro a morte. Mas, antes disso, falta ainda passar pelo calvário do transporte para o matadouro. O transporte costuma ser particularmente penoso para as sofridas vacas leiteiras, uma vez que muitas padecem de dolorosas inflamações no tecido mamário (mastite) e de osteoporose. Muitas vacas ficam tão debilitadas, que nem são capazes de andar quando chegam ao matadouro.

No matadouro, as vacas são atordoadas com uma pistola que dispara um êmbolo retráctil que lhes causa uma lesão grave no cérebro e, se tiverem sorte, a perda dos sentidos. Em seguida, são içadas por uma das patas traseiras e degoladas enquanto ainda têm o coração a bater, de modo a que o sangue seja expelido para fora do corpo. Por vezes, as vacas ainda estão conscientes quando são degoladas.

Cada compra de produtos com leite, queijo ou outros lacticínios contribui para esta terrível exploração, independentemente de ser proveniente de pecuária convencional ou pecuária dita “humana”. Como consumidores, temos nas nossas mãos o poder de não compactuar com esta exploração injustificável.(...)

via
Muda o Mundo e Associação pelos Animais.

Deixei  de beber leite há bastante tempo e o meu corpo agradeceu. O cálcio pode ser encontrado em muitos outros alimentos como os vegetais de folha verde escuro, em maior quantidade do que nos lacticínios, ou nas amêndoas e feijões. Podem encontrar mais informação no Centro Vegetariano.

4 comentários :

horticasa disse...

Muito comovente, mas devo dizer que antigamente as vacas amamentavam os seus filhos e como o leite é demais podia retirar-se bastante que a vaca até agradecia, agora isso que se diz neste texto é verdade porque há uma produção intensiva.
Devo dizer mais, ainda não há muitos anos em Portugal era assim, cada pessoa levava à cooperativa 4 ou 5 litros de leite proveniente do excesso que as vacas produzem depois de ter amamentado o seu bebé.
Assim é que devia ser e seria suficiente, até porque se produz muito mais leite do que aquele que se consome.
Eu vou continuar a beber leite porque gosto, com o devido respeito pelos animais.
bj eugénia

Trumbuctu disse...

Pois é Eugénia, produções intensivas e com o lucro como principal objectivo dá em barbárie. Aliás, o ser humano faz isso com ele próprio por isso estamos a viver esta crise. Não me canso de sugerir que se veja o documentário "A verdade da crise" onde se vê isso mesmo.

E gostos não se discutem, só as formas como os alimentos são produzidos ":O). Continuamos a não querer ver que a soluções se encontram nas economias locais e de pequena escala.

Obrigada por ter comentado!

Paula

Anónimo disse...

Tremendo disparate! Lamento haver pessoas a escrever o que não sabem, vale mais estarem sossegadas.
Eu sou produtor, tenho vacas e nada do que está aí escrito é verdade. Existe a vaca comum (que só produz leite durante a gravidez) e são maiores em termos de porte que as vacas leiteiras. A vaca leiteira tem diversas glandulas mamárias, uma delas é a que provoca a produção de leite, sem precisar de ser fecundada. Vocês vegans não sabem o que dizem, não andem a fazer lavagem cerebral a ignorantes. O leite de vaca é bom, nutritivo e os animais são bem tratados. Eu tenho uma manada de 130 vacas, sou dos Açores, e sou produtor, e os meus bichinhos passam a vida em prados verdes e são muito bem estimadas. São o meu sustento, e como tal trato-as como se fossem minha familia! Vocês são uma aberração de mentirosos.

Trumbuctu disse...

Grata pela sua opinião, caro Anónimo. Só lamento a falta de civismo e de educação demonstrados, mas as atitudes ficam com quem as pratica.

No Mundo há lugar, ou deveria haver, para as diferenças, a diversidade enriquece a vida.

Quanto ao artigo, embora não tenha sido escrito por mim subscrevo-o inteiramente e estou em paz com as escolhas que fiz na vida. Já o caro Anónimo não me parece, ou não escreveria um comentário tão inflamado. Até porque o artigo não se refere a nenhum animal em particular e acredito, pelo que diz, que os seu são bem tratados. Agora devo dizer-lhe que a "família" normalmente não acaba no prato de ninguém, mas como disse: procuro respeitar opiniões diferentes das minhas e agradeço reciprocidade.

Fique em paz.

Paula